Mentalidade empreendedora
Bom dia, boa tarde, boa noite minhas empreendedoras! Quando falamos em mentalidade me vem à mente o livro Mindset da Carol Dweck que diz o seguinte: temos dois tipos de mentalidades, a fixa e a de crescimento. A primeira é uma mentalidade em que você se contenta com suas qualidades e trava quando as coisas começam a não dar muito certo. A mentalidade de crescimento "baixa a cabeça" para os erros e aprende com eles. Normalmente são pessoas que menos dotadas que sabem que precisam se desenvolver ao longo da vida e as de mentalidade fixa são pessoas que desde pequenas já eram dotadas de algumas características e não conseguem se adaptar às situações de mudança.
Então, antes de mais nada, sabendo que somos criados para passar em concurso ou para ter um emprego seguro de CLT e não para empreender, já temos de nos acostumar que essa mentalidade de crescimento é que nos vai fazer ter a humildade de aprender o que precisamos aprender para nos tornarmos empreendedoras. E isso, muitas vezes, requer que nos libertemos de muitas amarras, de muitas ideias pré-concebidas e, principalmente, do nosso ego.
O plano A é fazer com que o negócio dê certo e o plano B é o plano A. Não tem outra hipótese, a gente tem que tentar até dar certo. E não vai dar certo de primeira. É aí que entra uma palavrinha super banalizada hoje em dia, mas que descreve perfeitamente o que precisamos ter nesse momento em que batalhamos para que as coisas aconteçam: resiliência. Resiliência é você persistir apesar das coisas negativas, apesar dos nãos, apesar do tempo ruim. É como um bambu que não quebra com o vento, porque a tendência é a gente desanimar, ter preguiça, as pessoas vão dizer que a gente não deve seguir para esse lado. E a gente precisa resistir firme e forte.
Uma questão fundamental da mentalidade empreendedora é saber assumir riscos. Saber assumir riscos é gostar do risco, mas aprender a calculá-los e a ter sempre um plano de contingência. Ter que prever os riscos e já ter as respostas a eles. Nada pode nos pegar de surpresa. ter gosto pelo risco, só para sentir a adrenalina é burrice nos dias de hoje em que temos acesso à internet e a todo o conteúdo disponível.
Outra coisa a se fazer é vencer as crenças limitantes relativas a dinheiro. Tivemos uma educação em que ganhar dinheiro é sujo, é secundário, e isso cria um ambiente de escassez em um mundo abundante. Então precisamos primeiro tomar consciência dessa dificuldade de se abrir para o dinheiro, de acreditar que podemos ganhar muito dinheiro e depois nos concentrar em ganhar esse dinheiro. Dessa forma, ele vem.
Saiba que você conhece muito o seu operacional. Eu estou tomando como premissa aqui que você está fazendo algo que você ama e conhece bem. Caso não ame e não faça bem, estude muito antes de abrir um negócio ou simplesmente não abra. Todas as decisões deverão ser tomadas por você, as decisões finais. Você precisa, portanto, além de conhecer bem o seu mercado, saber analisar os números, coletar os índices mais importantes para poder tomar as decisões com segurança. Saiba que a última palavra é sempre sua e que, com grande conhecimento, você vai sempre conseguir tomar as melhores decisões.
Embora a última palavra seja sempre sua e, sabendo que tomar decisão drena sua energia, tome somente as decisões que realmente só você pode tomar, dê autonomia para que colaboradores possam tomar algumas decisões sozinhos. Dê autonomia. Desapegue do microgerenciamento e dê independência para que seus funcionários possam ter responsabilidades de acordo com seus cargos.
Desapegue: lembre da visão da sua empresa e faça com que todos tenham consciência dessa mesma visão para que possam andar sozinhos. A empresa não é sua, ela é dos clientes e dos colaboradores que estão na linha de frente. É o seu nome, mas é a cara deles que aparece. Eles têm de estar engajados e isso você só consegue se o passo anterior for realizado. Também lembre-se que seu produto é para o cliente e não para você. Por isso você elaborou uma persona e essa persona, embora a gente tenha mania de se colocar como cliente ideal, é uma pessoa que tem que ter dinheiro para comprar seu produto/serviço. É a ele que você tem que agradar e não o contrário.