Vamos falar de emoções
Bom dia, boa tarde, boa noite, minhas emocionadas. Ah pronto, agora vocês vão pensar que eu fiquei sentimentalzinha só porque é a segunda vez que eu falo de emoções. Semana passada falamos da diferença entre emoções e sentimentos e vocês já sabem que o sentimento é a consciência da emoção, que é involuntária e traz consequências para o corpo. Enquanto os sentimentos, embora processados, são subjetivos e não tem como serem medidos.
Hoje vim falar sobre coisas que ando aprendendo da terapia com o maravilhoso Renato Spomberg, mas também lendo o Caderno do Eu da Gabriele Ribas que são cadernos de escrita terapêutica que eu resolvi fazer agora no início do ano para refletir um pouco sobre mim e sobre as minhas emoções, sobre o que eu sinto e sobre a minha falta de autocontrole, que é algo que eu trabalho muito na terapia.
Às vezes eu acho que sou só uma bola de raiva pronta pra explodir a cada manifestação do outro, mas já percebi que tem pessoas e pessoas, por exemplo, eu nunca explodo com meus funcionários, muito pelo contrário, sou um poço de delicadeza com eles. Mas com grandes empresários, por exemplo, eu tenho menos paciência e super explodo. Na verdade, eu não explodo, porque, por mim, eu estou bela e calma, mas as pessoas me tacham de grosseira e estúpida quando falo as coisas. Mal sabem elas que minha vontade é dar na cara de um e de outro, xingar 5 gerações de fulaninho e ainda fazer um vodu. Mas eu me controle. Que doce e meiga.
Resta o fato que eu tenho uma fala agressiva, eu sei, admito, e mesmo quando estou falando normal, as pessoas acham que eu estou sendo grosseira. Ok, talvez tenha que fazer umas aulas de fono! kkkkk
Mas uma coisa que o caderno do Eu e o Renato estão me ensinando é: não deixar de sentir o que estou sentindo, a ideia não é abafar as emoções, é sentir, respirar, não reagir, refletir sobre aquilo, se acalmar e melhorar. Eu pensava que as emoções fossem os divertidamente, aqueles 4 ali, alguns poucos mais. Mas tem muito mais.
Uma coisa que eles me ensinaram e que é muito importante é nomear o que sinto para processar e deixar ir. A Gabriele Ribas no seu Caderno Terapêutico das Emoções traz as seguintes emoções: raiva, medo, tristeza, inveja, culpa, preguiça, alegria, esperança, otimismo, entusiasmo, apatia, amor, gratidão, perdão e coragem. Realmente são coisas que a gente sente na pele.
Uma coisa que eu sinto direto, mas que talvez seja um sentimento e não uma emoção, é frustração.
Muitas dessas emoções a gente sente e um exercício de respiração já ajuda a dissipar, a deixar ir. Porque a ideia, com as emoções ruins, é que elas não nos corroam por dentro e como eu sou explosiva, nada me corrói por dentro. Então tenho que aprender esse processo de nomear, sentir e deixar ir. Às vezes a gente não sabe lidar com as emoções somente por não saber que nome dar, porque aí a gente não consegue definir o que está sentindo.
Ou seja, tenho que aprender mais sobre esses nomes, entender melhor o que estou sentindo, não reagir (pessoas adultas e civilizadas não simplesmente reagem), processar, respirar e responder numa boa. Eu mando logo tomar no cu, simplesmente porque eu acho que tudo o que eu sinto é raiva e nem sempre é.
Outra coisa que Renato falou é que como eu me sinto e como eu reajo quando sinto só diz respeito a mim, ou seja, quando alguém me irrita, quem se irrita sou eu. Às vezes a pessoa nem estava fazendo de propósito, mas é que eu acho que todo mundo deveria pensar antes de falar.
Eu acho que, se eu vivo num ambiente de empresários inteligentes. Não tenho paciência para mimimi nem pra burrices. Tem coisas que é só pensar. Ah, mas também não acho que tenha espaço para arrogância, só que são egos, meus amigos, grandes egos, todos juntos a ponto de explodir numa sala.
O Caderno das Emoções traz uma série de exercícios de escrita para que possamos processar melhor esses sentimentos e pensar antes de agir, prever, quando vamos reagir e se segurar antes de agir. Quando as coisas estão no papel é como se fosse um desabafo e muitos grandes nomes têm um notebook para registrar seus momentos, suas emoções, ou um diário para acompanhar como essas emoções vão mudando ao longo do tempo.
Há também as pessoas que são o contrário disso que simplesmente não reagem. As pessoas podem fazer o que for, dizer o que quiserem que as pessoas não reagem. Fico pensando como vai ser se um dia resolverem reagir com aquilo tudo dentro. Para essas pessoas, a escrita também pode ser terapêutica, pois podem desabafar no papel e deixar registrado tudo o que realmente sentem e o que gostariam de dizer, para, um dia, modular essa fala e conseguir verbalizar. Para, pelo menos, colocar as pessoas no lugar.
Tem um limbo na minha vida, em que eu simplesmente não reajo e me afasto. Quando eu não quero ofender a pessoa, eu simplesmente me afasto. Aconteceu uma vez quando alguém foi muito além na intimidade e deu pitaco na minha vida. Gente, se tem uma coisa que eu não admito é darem pitaco na minha vida sem eu ter pedido. Porque às vezes eu peço um help mesmo, para algumas poucas pessoas. Mas jamais dou intimidade para a pessoa vir falar de como eu vivo a minha vida (a não ser que esteja prejudicando a pessoa), fora isso.
Eu gostava muito da pessoa e simplesmente me calei para não acabar feio com a amizade, mas a relação nunca mais foi a mesma. Eu tenho uma facilidade em apagar as pessoas da minha vida quando elas me decepcionam. Mas aí é decepção mesmo. É tristeza, o que eu sinto. Senti vergonha por aquela pessoa ter chegado ao ponto de ter ido fuçar minha vida. Um pouco de raiva (olha ela aí de novo) por ter permitido isso.
Tenho isso tanto com relacionamentos de amizade como relacionamentos amorosos. Me decepcionou, acabou, apaguei. Eu falo e tal, mas nunca mais vai saber em profundidade de mim. Nunca mais. Sou pisciana ruim.
Mas e você? Como você é com as suas emoções? Consegue controlar suas reações ou ainda é muito reativa? Consegue pensar antes de agir ou age por impulso como eu?
Mas e você? Como você é com as suas emoções? Consegue controlar suas reações ou ainda é muito reativa? Consegue pensar antes de agir ou age por impulso como eu?